Total de visualizações de página

Seguidores

sábado, 25 de julho de 2009

a arte de rua






Arte de Rua
Através dos contatos humanos possibilitados pela ocupação das pessoas dos espaços públicos e da variedade de estímulos de informação que abundam nas ruas, as cidades modernas tornaram-se ricos campos de comunicação. A arquitetura contrastante, as estátuas, as pichações, tudo comunica algo, de alguma forma. É possível perceber, nesse emaranhado de elementos distintos, a coexistência de vozes contraditórias.

Uma luta simbólica não apenas por território, mas também uma disputa de idéias e posições subjetivas, geradas pelo próprio ambiente urbano. Isso é comunicação urbana.
A publicidade tradicional surge nessa profusão de sentidos e simbolismos, com suas cores, imagens e mensagens nos diferentes tipos de mídia exterior, anunciando suas marcas e produtos. Sua função é vender objetos, serviços e estilos de vida. Essas mensagens não gritam em uníssono, cada uma tem o seu espaço para vender e atingir o seu objetivo.



De maneira antagônica, surgem as vozes que não se enquadram no discurso emitido pela mídia de massa e se apropriam, nas cidades, dos espaços disponíveis, para ganhar notoriedade. Segundo Moreira Mazetti, autor do artigo acadêmico
A comunicação na cidade: polifonia e produção de subjetividade no espaço urbano "As intervenções urbanas se dão no dia-a-dia, em uma politização do cotidiano, do espaço público, que marca um distanciamento da política institucional para enfatizar a cultura e a reprodução social como terreno de combate. Além disso, as intervenções urbanas destacam a ação direta em contraposição à fomentação de visões utópicas, na busca por produzir novas maneiras de ver, sentir, perceber, ser e estar no mundo."
Assim surgem diversas maneiras de se atuar com o marketing de guerrilha nas ruas, sem a compra de mídia usual.



A Arte de Rua é utilizada com este objetivo, como intervençoes artísticas que tem a cidade como suporte. Às vezes ela é considerada como parte do movimento Hip Hop, surgido no final do século XX. Abrange Graffiti, expressão mais comum, Sticker Art, etc. Através dessas ações guerrilheiras nas ruas da cidade é possível potencializar o conhecimento das marcas, colocando-as próxima do consumidor.
Ao executar essas diferentes formas de interferir na paisagem urbana, a figura do espectador passivo torna-se um novo tipo de receptor. A cidade se renova, com a sua grande carga de símbolos que comunicam, e o espectador se depara não apenas com o recebimento da mensagem, mas também passa a dialogar com a informação que o cerca. Esse tipo de intervenção, pelo caráter de desobediência civil, força ainda mais o diálogo e a participação do cidadão.

Natureza da alma




Platão, pintado por Rafael (Escola de Atenas)
Platão -Introdução à sua Filosofia

Natureza da Alma
Na obra o Fédon, Platão expõe as suas ideias sobre a alma. A alma não se limita a ser entendida como o princípio da vida, mas é também vista como o princípio de conhecimento. A alma é uma substancia independente do corpo, é eterna, unindo-se a ele de forma temporária e acidental.
As almas pertencem ao Mundo Inteligível ou Mundo das Ideias (real, imutável, eterno, etc). As ideias tem uma realidade objectiva, substancial, são o modelo ideal (arquétipos) de todas as coisas que existem no Mundo Sensível, com base nas quais as coisas foram criadas ou tendem a ser realizadas.
Os corpos pertencem ao Mundo Sensível ou Físico (mutável, ilusório, etc.). As coisas que existem neste Mundo são mais ou menos perfeitas conforme a sua semelhança com os respectivos modelos.
Mas as almas aspiram a libertar-se dos corpos e retornaram ao mundo das ideias. Só que para que isso aconteça é necessário que se libertem do ciclo reincarnações a que estão aprisionadas. Quando morre um corpo, a alma transmigra para outro, mas antes faz uma viagem pelo mundo das ideias. A viagem e a transmigração está contudo condicionada pelos actos praticados na vida anterior:
As almas dos indivíduos que tiveram uma vida virtuosa, são recompensadas de duas formas: a) na sua nova passagem pelo Mundo das Ideias tem um maior contacto com as Ideias; b) o novo corpo em que reincarnam pertence a uma pessoa com um estatuto social mais elevado que o anterior;
A união da alma com um corpo não faz desaparecer as ideias que nela existem. Pelo contrário, estas vão sendo recordadas à medida que as experiências e a educação as despertam através da educação e da experiência sensível.
Platão distingue três 3 almas ou partes de alma:
Alma Racional (razão)
É a alma superior, destina-se ao conhecimento das ideias. Localiza-se na cabeça, e tem uma virtude principal, a Sabedoria.
Alma Irascível
Esta alma está associada à vontade, dando ao Homem o ânimo necessário para enfrentar os problemas e os conflitos. Localiza-se no peito e tem uma virtude, a Força
Alma concupiscente
É a mais baixa de todas. É constituída pelos desejos e necessidades básicas. Está localizada no ventre, e tem como virtude, a Moderação.
Devido às 3 virtudes, se controla o corpo e a alma racional controla as outras duas, obtendo-se assim a justiça, a felicidade .

Conhecimento e Realidade
Platão elabora uma teoria segundo a qual o mundo foi criado por um arquitecto divino, o Demiurgo. Este deu forma ao Cosmos, atribuindo a cada coisa uma dada finalidade. A criação foi feita com base nas Ideias (modelos, formas) existentes no Mundo Inteligível.
O conhecimento através dos sentidos e da razão dão-nos resultados completamente diferentes, podendo no primeiro caso provocar graves ilusões.
Os dados dos sentidos apenas nos permitem conhecer cópias imperfeitas das Ideias, levando-nos a formular opiniões (doxa) contraditórias e superficiais sobre a realidade.
No entanto, a experiência sensível que nos é dada pelos sentidos é fundamental para desencadear o processo de conhecimento. O conhecimento ocorre quando nos recordamos imperfeitamente as Ideias que a alma contemplou no Mundo Inteligível, denominando-se o processo por anamnesis (reminiscência). Trata-se do nível mais inferior do conhecimento.
O Mundo da Ideias só pode ser intuído através da razão, e implica um corte com os dados dos sentidos a que estamos aprisionados. O conhecimento da verdadeira realidade - as Ideias - passa por três níveis fundamentais:
Conhecimento sensível
Conhecimento discursivo. Implica o conhecimento da matemática, a única ciência que possui uma natureza não corpórea. Através do estudo das formas geométricas o homem pode ascender a um conhecimento mais universal.
Conhecimento Intelectivo. Só a Filosofia permite o acesso a este nível de conhecimento, e implica uma ruptura completa com a experiência sensorial.
Através destes três níveis, a mente eleva-se do múltiplo, da aparência sensível até o Uno, Universal e Inteligível (Ideias).
O conhecimento implica sempre uma ascensão dialéctica, mediante a qual vamos subindo nas hierarquia das ideias, chegando aquelas que englobam todas as outras. No topo da pirâmide, Platão coloca a ideia de Bem, seguida de três ideias que a caracterizam: Beleza, Proporção e Verdade. Estas ideias proporcionam ao mundo ordem, medida e unidade. A compreensão destas ideias só é acessível aos Filósofos.

Formas de Conhecimento
Tipos de Realidade
Razão
Saber, Ciência
Mundo Inteligível
Sentidos
Opinião, Crença
Mundo Sensível

Ética
Platão, como Sócrates combate o relativismo moral dos sofistas.Sócrates estava convencido que os conceitos morais se podiam estabelecer racionalmente mediante definições rigorosas. Estas definições seriam depois assumidas como valores morais de validade universal. Platão atribui a estes conceitos ético-políticos o estatuto de Ideias (Justiça, Bondade, Bem, Beleza, etc), pressupondo destes logo que os mesmos são eternos e estão inscritos na alma de todos os homens. A sua validade é independente das opiniões que cada um tenha dos mesmos. Para Platão a Justiça consiste no perfeito ordenamento das 3 almas e das respectivas virtudes que lhe são próprias, guiadas sempre pela razão. A felicidade consiste neste equilíbrio.

Política
Os fundamentos do pensamento político de Platão, decorrem de uma correlação estrutural com as diferentes almas ou partes de uma mesma alma, criando uma organização social social ideal (utópica).
Alma
Cidade
Almas ou partes da alma
Virtude
Classes sociais
Funções na Cidade Ideal
Alma Racional
(Nous)
Sabedoria
Filósofos
Supremos Guardiões da Cidade. O governo deve ser entregue a sábios, pois estes são os únicos que ascenderam às ideias superiores de Uno-Bem e Beleza.
Alma Irascível
(Thymós)
Força
Guerreiros
Dedicam-se à defesa, manutenção da ordem, tarefas militares e de policiamento.
Alma concuspiscente
(épithymia)
Moderação
Produtores
Dedicam-se às actividades económicas, produção de bens e ao comércio.
Para Platão, cada classe social devia apenas dedicar-se à sua função e virtude especifica, só quando isto acontece é que numa sociedade reina a harmonia e a felicidade.
A finalidade do Estado é educar os cidadãos na respectiva virtude, assegurando deste modo a sua felicidade.
O sistema educativo encontra-se ao serviço do Estado, e possui duas modalidades:
Uma educação obrigatória, comum a todos até aos 20 anos. Tem por finalidade formar cidadãos no respeito pelas instituições e dedicados à realização das suas funções específicas. Nesta educação fazem parte, entre outras matérias, a música (para permitir o controlo do homem das partes inferiores da alma) e a ginástica (para o controlo do corpo).
Una educação destinada exclusivamente a futuros governantes, e que se realizaria entre os 20 e os 35 anos. Esta educação consta de duas fases: a primeira corresponde à aprendizagem das matemáticas, e a segunda ao ensino da dialéctica e conhecimento das ideias superiores.
Platão mudou alguns aspectos deste modelo político, mas manteve sempre a ideia que a razão é que devia governar, sendo a única que podia proporcionar aos cidadãos a justiça e a felicidade.

sábado, 11 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Sentir é não ter necessidade de explicar o que se está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando falar, jamais explicar: apenas afirmar. Não me refiro ao olhar apaixonado. Falo de alguém. Falo do olhar que paralisa o outro e não se pode desligar. Que se apavora de adivinhar-se possivelmente feliz e se descobre em profundidade e espanto no poço do outro, no fundo do qual mora uma certeza nunca antes confirmada
A paz e amor, porque só surge quando se esta ao lado de alguém sem medo, sem culpa, sem pena sem ter que explicar e se explicar, sem interesse algum, senão o de ficar ali."


ferias em sao paulo!!