


Essa proximidade com a arte mostrou-lhe outro caminho e realização com a vida, horas no seu ateliê permitiu sonhar, imaginar e assim passar para tela as manifestações de sua imaginação. Como nenhuma outra artista, ela mostra nos seus quadros, uma pintura de negros belos e não se referindo à escravidão. Em suas mãos, o negro é visto de forma diferente e valorizado. Sem qualquer diferença de cor de pele. O preconceito não existe. A obscuridade, o abuso e a exploração são negados. Contudo, não que a escravidão não tenha influenciado, ao contrario, ela sempre existiu nos Países da África como também na antiguidade clássica entre os povos brancos, pois, os sobreviventes eram vendidos como escravos ou eram explorados para servir ao rei.
Há 62 anos, em sete de julho, nasceu Jacira Ribeiro, sergipana de coração e uma artista plástica de dar orgulho ao nosso Estado e a qualquer sergipano saber que em Aracaju tem artistas talentosos.
Natural de Santa Luzia do Itanhi-Se, é a quarta de uma família de nove irmãos. Teve uma infância tranqüila e sempre foi incentivada para os estudos por seus pais. Mudou para Aracaju quando criança e já na sua infância a mesma já desenhava e segundo Jacira “já havia concursos das escolas, e eu desenhava pra meus colegas, e eles ganhavam os prêmios”. Estudou da 5ª serie do ensino fundamental até a terceira serie do ensino médio no instituto educacional Ruy Barbosa (escola Normal), onde sempre desenhava os trabalhos escolares de seus colegas, como: mapas, caravelas e paisagens. Pois segundo Jacira Moura já havia o dom de desenhar e da pintura. A mesma é formada em licenciatura plena em Estudos Sociais e geografia pela Universidade Federal de Sergipe – UFS, em 1989. Após prestar um concurso publico para a educação foi aprovada e lecionou até se aposentar no Estado como professora.
" minha mãe é uma mãe maravilhosa, exemplar, é uma mãe dedicada, carinhosa, é.. não tenho o que falar nenhum ato negativo em relação a ela como mãe, como mulher.
" minha mãe é uma mãe maravilhosa, exemplar, é uma mãe dedicada, carinhosa, é.. não tenho o que falar nenhum ato negativo em relação a ela como mãe, como mulher.
É Uma pessoa assim maravilhosa, uma guerreira, batalhadora.
É um exemplo mesmo de mãe. Se futuro eu for ter filho, eu não sei se eu vou chegar a ser como ela , porque ela não tem defeito como mãe.
Uma amigona conserva muita coisa como ela, é, peço muito conselho, em relação a tudo da minha vida, ela é uma pessoa assim, amiga verdadeira, fiel, né. Enfim, uma amiga que acho que todo mundo gostaria de ter."
Uma amigona conserva muita coisa como ela, é, peço muito conselho, em relação a tudo da minha vida, ela é uma pessoa assim, amiga verdadeira, fiel, né. Enfim, uma amiga que acho que todo mundo gostaria de ter."
(Luci Carla,psicologa,filha de Jacira.)
obras deJacira Moura Ribeiro



''Então a paixão ainda esta na xilogravura, mas eu já estou vendo outras coisas, eu já venho brincando só com mulheres mas as negras estão permanecendo. Escultura sempre foi paralelo. Eu fazia cavalo, agora estou na escultura. Uma coisa assim, muito paralela, não é uma coisa que eu queira mostrar ao publico, né nada não, eu chamo de brincadeira as mulheres elas ainda estão aparecendo. E talvez como eu sou muito católica, eu até penso que, eu acho que esse lado, esse meu lado sacro.'' jacira moura Ribeiro
''No dia 17 de dezembro as 14:00 na universidade Tiradentes (campus I), foi apresentada a monografia sobre a artista plastica sergipana Jacira moura Ribeiro, eu José Cosme e André de oliveira apresentamos as obras da artista plastica incluindo suas novas obras com o uso da xilogravura, para mim foi muito gratificante saber e pesquisar sobre uma pessoa de boa alma que é Jacira Moura. com a orientação do professor José Tenorio concluimos nosso trabalho, apresentamos um pouco sobre a sua história e sobre as suas obras expostas ."
obras deJacira Moura Ribeiro



''Então a paixão ainda esta na xilogravura, mas eu já estou vendo outras coisas, eu já venho brincando só com mulheres mas as negras estão permanecendo. Escultura sempre foi paralelo. Eu fazia cavalo, agora estou na escultura. Uma coisa assim, muito paralela, não é uma coisa que eu queira mostrar ao publico, né nada não, eu chamo de brincadeira as mulheres elas ainda estão aparecendo. E talvez como eu sou muito católica, eu até penso que, eu acho que esse lado, esse meu lado sacro.'' jacira moura Ribeiro
''No dia 17 de dezembro as 14:00 na universidade Tiradentes (campus I), foi apresentada a monografia sobre a artista plastica sergipana Jacira moura Ribeiro, eu José Cosme e André de oliveira apresentamos as obras da artista plastica incluindo suas novas obras com o uso da xilogravura, para mim foi muito gratificante saber e pesquisar sobre uma pessoa de boa alma que é Jacira Moura. com a orientação do professor José Tenorio concluimos nosso trabalho, apresentamos um pouco sobre a sua história e sobre as suas obras expostas ."
Segundo a entrevista que fizemos com a artista plastica Jacira, ela comenta sobre a sua formação:
Desde pequena gostava de desenhar, como e quando despertou para a arte, a cultura e a pintura profissional?
J.M.R- "Eu tenho certificado de um curso de pintura em tecido, que fiz com uma das irmãs mais velhas e guardo ate hoje. Fui à melhor aluna no curso apesar de ser uma criança no meio dos adultos. A pintura em tecidos comecei em 1971. Alem dos tecidos pintava jarros. Quando no meu período de gravidez das minhas filhas eu fiz os enxovais delas. O despertar pelas artes plásticas foi em 1992, quando uma amiga maranhense Gil, me apresentou o artista plástico Elias Santos para ele me orientar em artes. Elias Santos dava aula no “Espaço Cinco” que era de outro artista plástico Claudio. As aulas era dia de sábado, onde ficávamos o dia inteiro pintando. Meu objetivo era desenhar cavalos, pois ou fascinada por esse animal, então o professor Elias disse que eu só iria pintar cavalo se eu observa-se esse animal de perto e então daria seus traços. Tentava desenhá-los no terreno que existia perto de uma das minhas casas na atalaia, mas nunca conseguia desenhá-los ao aproximar-me eles fugiam. É melhor pintar modelos humanos, pois eles não fogem.Então uma amiga me presenteou com um cavalo grande e bonito de brinquedo, que ficou como modelo e ainda hoje tenho esse cavalo, comecei pintando cabeças quando participei de um concurso em 92, no salão dos Novos, na Álvaro Santos e ganhei em 2º lugar, então não parei de expor meus trabalhos no Estado, Brasil e exterior. Minha 1ª exposição fora do Estado foi no maranhão através dessa minha amiga maranhense Gil"
Quando criança e na adolescência pintava mapas e caravelas e como despertou para a cultura que pinta hoje?
J.M.R- Quando comecei a pintar profissionalmente foi através do professor Elias Santos, que utilizava modelos vivos, eu comecei a pintar cabeças, mas minha fascinação era os cavalos. O professor Elias santos usa modelos vivos negros, acho que me influenciou hoje nas minhas pinturas sobre o negro. Na xilogravura meu professor foi Benê Santana, isso há seis anos. Como professora de história gosto de ler Gilberto freire, que veio a influenciar também na pintura do negro e do índio. Mandei um trabalho para o Estado de São Paulo para uma avaliação de todos os artistas do Brasil, e para minha alegria fui escolhida como figura do índio mais representada. Recentemente fui homenageada pela associação das mulheres negras de Sergipe. Sou a única artista a representar o negro bonito, forte e fisionomia alegre. Isso aumentou minha estima sobre a cultura negra.
J.M.R- Quando comecei a pintar profissionalmente foi através do professor Elias Santos, que utilizava modelos vivos, eu comecei a pintar cabeças, mas minha fascinação era os cavalos. O professor Elias santos usa modelos vivos negros, acho que me influenciou hoje nas minhas pinturas sobre o negro. Na xilogravura meu professor foi Benê Santana, isso há seis anos. Como professora de história gosto de ler Gilberto freire, que veio a influenciar também na pintura do negro e do índio. Mandei um trabalho para o Estado de São Paulo para uma avaliação de todos os artistas do Brasil, e para minha alegria fui escolhida como figura do índio mais representada. Recentemente fui homenageada pela associação das mulheres negras de Sergipe. Sou a única artista a representar o negro bonito, forte e fisionomia alegre. Isso aumentou minha estima sobre a cultura negra.
Após os 14 anos na pintura artística profissional e varias amostras das suas obras e prêmios, sente realizada como pessoa?
J.M.R – meu objetivo maior é mostrar meu trabalho , quanto a premio tenho vários, a ao lado financeiro não é satisfatório, mas não perco a esperança de encontrar um bilionário e ele compre todas as minhas obras. A nível de Brasil já fiz amostra em vários Estados: maranhão, Brasília, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e a nível de mundo: Estados Unidos, argentina, Espanha, Portugal, Itália e Romênia.
J.M.R – meu objetivo maior é mostrar meu trabalho , quanto a premio tenho vários, a ao lado financeiro não é satisfatório, mas não perco a esperança de encontrar um bilionário e ele compre todas as minhas obras. A nível de Brasil já fiz amostra em vários Estados: maranhão, Brasília, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e a nível de mundo: Estados Unidos, argentina, Espanha, Portugal, Itália e Romênia.
Como a Jacira Moura ver o nível cultural sergipano a nível de Brasil?
J.M.R- Moramos em uma região muito pobre, tanto na cultura como no socioeconômico. Isso não deveria influenciar porque a cultura faz parte do cotidiano das pessoas, deveria as escolas preparar as nossas crianças para o conhecimento da cultura em geral,como: artes, cinema, musica e a leitura, porque quem lê cresce.
J.M.R- Moramos em uma região muito pobre, tanto na cultura como no socioeconômico. Isso não deveria influenciar porque a cultura faz parte do cotidiano das pessoas, deveria as escolas preparar as nossas crianças para o conhecimento da cultura em geral,como: artes, cinema, musica e a leitura, porque quem lê cresce.
Professora ao criar suas obras, pensa em dimensões?
J.M.R- Eu não fico preocupada com o tamanho, e tanto faz no painel de 2 ou 3m, como um que caiba na palma de minha Mao. Ultimamente eu venho tendo vontade de ter um espaço bem maior para criar minhas obras
primeira entrevista feita pelos alunos de história:
Aline de araujo
José Cosme
André de Oliveira.